Se você precisa de produtos de limpeza, acessa o aplicativo do supermercado. Se quer pedir uma pizza, acessa o iFood. Se precisa de um remédio, chama a farmácia pelo WhatsApp. Assim nos tornamos cada vez mais solitários (mesmo achando que a tecnologia encurta distâncias...será mesmo?), sedentários e dependentes de tela. E isso porque nos exemplos acima estamos falando de soluções para adultos que criam dependência nos usuários. Imagine só como funciona com relação a crianças e adolescentes…
Estudos publicados em diferentes publicações ao redor do mundo e conduzidos por instituições renomadas já comprovaram que o uso de aparelhos eletrônicos produz no cérebro os mesmos efeitos viciantes de drogas como a cocaína. É por isso que pais enfrentam a revolta ou tristeza exagerada de seus filhos quando estes são proibidos de usar celulares ou jogos eletrônicos. Infelizmente é cada vez maior o número de horas que crianças (bebês, inclusive) e adolescentes passam em frente às telas, tempo este que é ainda maior durante o período de férias.
Como profissionais de saúde (física e mental) o time da Porto defende que existe (MUITA) vida longe das redes sociais e ela precisa ser vivida mais intensamente por todos os membros da família (e vale lembrar que o exemplo deve vir, claro, dos adultos). Por isso, pedimos para nossa Terapeuta Ocupacional, Janaina Leal e nossa Neuropsicóloga Rosemeire Peres listarem algumas ideias de atividades que não envolvam telas e divertem pais e filhos de todas as idades. Sobre elas, diz Rosemeire: “Ao criarmos oportunidades da criança se movimentar e usar a criatividade, também promovemos o desenvolvimento de suas habilidades motoras fundamentais - necessárias para as suas práticas cotidianas e escolares, além de auxiliar na superação da inibição, da insegurança e dificuldade de comunicação”.
Confira abaixo as sugestões de nossas profissionais:
1- Desafio da Memória: Escolha copos que não sejam transparentes (vale pintar copos descartáveis com tinta guache - outra atividade sem telas, inclusive e que junta a família para preparar a brincadeira) e crie fileiras de copos com cores iguais (5 fileiras, uma de cada cor, com cerca de 7 copos ou mais, a depender da idade da criança). Em todas as fileiras, em um ou dois copos de cada cor, coloque uma bolinha de papel, que será a “bomba”.
O objetivo do jogo é ir de uma ponta a outra desviando das bombas e para isso é preciso exercitar a memória.
É possível jogar sozinho ou em times: a cada jogada uma pessoa escolhe um copo para a trilha e quando encontra a “bomba” precisa voltar ao início do trajeto. Quem completar o percurso primeiro, ganha.
2- Corrida de sacos com obstáculos:
A tradicional corrida de sacos ganha um desafio maior - obstáculos no percurso. Podem ser copos de plástico, almofadas, livros…escolha algo compatível com a idade da criança.
Além de trabalhar a atividade física com a corrida de saco, os obstáculos trabalham também a coordenação motora e o equilíbrio.
3- Arte com papel machê:
Essa é para quem gosta de soltar o artista escondido. Fazer papel machê não é difícil (nossa Terapeuta Ocupacional, Janaina Leal, vai ensinar a receita essa semana em nossas redes sociais, siga a gente no Instagram para ter acesso a este conteúdo) e garante horas de diversão em uma atividade que não envolve nenhuma ginástica.
O papel machê pode ser utilizado livremente, na criação de “esculturas” ou, se quiser trabalhar a coordenação motora, dar à criança um desenho para que ela preencha com as bolinhas feitas de papel machê. O resultado dessa atividade pode até virar uma “exposição de arte para a família”.
Essas foram nossas três sugestões, mas o céu é o limite para você e sua família. O que não vale é ficar o dia inteiro olhando para uma tela… existe vida longe da internet e dos joguinhos e ela precisa ser vivida.
Até a próxima!
Equipe Porto
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